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CURIOSIDADES

SABIAS QUE AS GIRAFAS DORMEM EM PEQUENAS SESTAS E NÃO DE UMA VEZ SÓ?

Há espécies de seres vivos cuja beleza é tão determinada pela sua magreza e estilização que são quase hipnóticos de se ver. Se também acrescentarmos algumas lendas urbanas ao impacto visual, descobrimos que há animais que já deveriam ter estrelado num próprio filme de animação da Disney. Um filme sobre como as girafas dormem, além de entreter, baniria para sempre o falso mito de que elas são os únicos mamíferos que não precisam de dormir.

 

Enquanto a Disney ou a Pixar decidem fazer esta produção que já fantasiámos, vamos explicar quais são os hábitos peculiares de sono das girafas. É verdade que elas dormem de pé? E não se cansam? Será que alguns minutos por dia são suficientes para elas? Será que elas têm a capacidade de se deitarem numa posição horizontal?

ESTE É O CICLO DO SONO DO ANIMAL COM O PESCOÇO MAIS COMPRIDO

Sem contar o comprimento do seu pescoço, que o torna o animal mais alto do planeta, e a curiosa língua púrpura que mostram naquelas curiosas careiras, imaginar uma girafa a dormir é o que mais nos interessa sobre esta espécie.

 

Embora a crença popular chamada girafas sejam os únicos mamíferos que não requerem o hábito saudável de dormir, a realidade é bem diferente. Apesar da sua altura, como um bom animal herbívoro, a girafa está em baixa escala dentro do ciclo predador-presa. Só por esta razão, é um ser vivo que não pode descansar pacificamente no meio das gramíneas, florestas e planícies abertas da África. É possível que a ideia que tivemos de que eles não dormem se deva à dificuldade que encontramos em vê-los dormir. Estes animais só dormem 4 a 5 horas por dia e nunca dormem horas seguidas, mas fazem pequenas sestas.

 

O seu instinto de sobrevivência desenvolvido não lhes permite descansar ou ter uma postura mais confortável aos olhos de um ser humano. Do total de horas que dormem todos os dias, o período mais longo nunca ultrapassa duas horas. Estes sonhos um pouco mais longos geralmente vêm à noite, deixando aqueles famosos micro-sestas para o resto do dia. De qualquer forma, estas fases são motivadas pela necessidade de sondar o horizonte para se protegerem dos predadores.

DORMIR DE PÉ, O PRIMEIRO PASSO PARA SOBREVIVER

Como sempre acontece quando falamos de todas as espécies animais, são esses mecanismos de proteção que eles desenvolveram durante sua evolução que ditam sua vida diária. E no caso das girafas, isto afeta não só os ciclos de sono acima mencionados, mas também a posição que adotam quando dormem.

 

Ao contrário do falso mito de não dormir, é verdade que as girafas têm a capacidade de dormir de pé. Esta é uma posição incomum para a espécie animal e tem a sua razão de estar no próprio físico da girafa. O seu grande tamanho e o comprimento do seu pescoço dificultariam a sua fuga no caso de um ataque rival enquanto deitados. Ao permanecerem de pé, além de lhes proporcionar um campo de visão quando acordam, a aceleração ajuda-os a escapar.

 

Quando o sentido da sua existência está totalmente ligado à sua própria sobrevivência e não para ser comido até à morte, o conforto pode importar pouco. No entanto, se existem períodos vitais de girafas onde se permitem o luxo de dormir como pessoas ou a grande maioria dos mamíferos. Não é surpreendente que as primeiras semanas de vida dos jovens sejam quando têm a chance de se deitar em terra. E fazem-no com as pernas dobradas debaixo do corpo e com a própria cabeça apoiada na parte inferior do corpo. Mas à medida que crescem e se desenvolvem, limitarão esta pose aos pequenos cochilos de cinco minutos que fazem ao longo do dia.

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SABIAS QUE O TEU DNA TEM COMPRIMENTO PARA IR E VIR AO SOL 66 VEZES?

Os cromossomas no núcleo de uma célula contêm toda a informação que a célula precisa para suportar todos os processos essenciais à vida. São feitos de um complexo químico - um ácido nucleico - designado por ácido desoxirribonucleico ou, de forma mais simples, DNA. A descodificação da estrutura química do DNA tem conduzido a um entendimento conceptual dos processos genéticos. O DNA é o material hereditário de todas as células. Trata-se de uma macromolécula de dupla hélice, que consiste em monómeros de nucleótidos com o açúcar desoxirribose e as bases azotadas adenina (A), citosina (C), guanina (G) e timina (T). Nos cromossomas da célula, o DNA apresenta-se sob a forma de pequenos fios, enrolados em espiral em torno de outros, como uma escada em caracol.

A molécula de DNA está enrolada de uma maneira tão fina que apenas é possível observá-la recorrendo a microscópios eletrónicos de elevada potência. Para ter uma ideia do quão longa uma molécula de DNA não enrolada seria, comparada com uma célula típica, a célula é ampliada 1000 vezes. A esta escala, o comprimento total de todo o DNA no núcleo celular seria de 3km - o equivalente à distância do Lincoln Memorial até à capital em Washington, DC.

O genoma humano comprime a informação contida num conjunto de cromossomas humanos, os quais contêm cerca de 3 mil milhões de pares de base (bp) de DNA em 46 cromossomas (22 pares autossómicos + 2 cromossomas sexuais). O comprimento total do DNA presente num humano adulto é calculado pela multiplicação de

(comprimento de 1 bp)(número de bp por célula)(número de células no corpo)
(0.34 × 10−9 m)(6 × 109)(1013)
2.0 × 1013 metros

O que é equivalente a ter aproximadamente 70 viagens da Terra ao Sol e voltar.

2.0 × 1013 metros = 133.691627 unidades astronómicas
133.691627/2 = 66.8458135 Viagens de Ida e Volta ao Sol

Em média, apenas um cromossoma humano consiste numa molécula de DNA que tem quase 5 centímetros.

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SABIAS QUE O TÍTULO DE MENOR MAMÍFERO DO MUNDO É DISPUTADO ENTRE UM ROEDOR E UM MORCEGO?

O título é disputado por dois animais realmente minúsculos: um morcego chamado kitti e um roedor, o musaranho-pigmeu. “Ambos pesam, em média, apenas 2 gramas”, afirma o zoólogo Mário de Vivo, da USP.
O kitti (Craseonycteris thonglongyai) – apelidado de morcego focinho-de-porco por causa do nariz empinado – mede entre 2,9 e 3,3 centímetros e só foi descoberto em 1974, nas cavernas do vale do rio Kwai, na Tailândia.

O musaranho-pigmeu (Suncus etruscus) é encontrado na África e na Europa mediterrânea. O menor exemplar já visto media 3,5 centímetros da cabeça ao começo da cauda – o rabo tinha outros 2,5 centímetros. Ao nascer, os filhotes são menores que uma abelha, mas ficam independentes em menos de um mês. Graças a 30 dentes afiados e ao seu grande apetite, o musaranho é capaz de devorar o equivalente ao peso do próprio corpo a cada três horas (no cardápio: aranhas, vermes e insetos como grilos e gafanhotos).  É tão acelerado que seu coração bate 1 200 vezes por minuto!

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SABIAS QUE HIPOPOTOMONSTROSESQUIPEDALIOFOBIA É O MEDO IRRACIONAL DE SE PRONUNCIAR PALAVRAS GRANDES OU COMPLICADAS?

O mundo está cheio de eventos que podem deixar uma marca nas nossas vidas. Estes acontecimentos podem apresentar-se de mil maneiras e formas diferentes, podendo mudar a nossa percepção do mundo, a forma como pensamos e o que tememos. No caso das fobias, existem situações ou coisas que nos provocam um medo exacerbado e irracional que altera a nossa felicidade e forma de viver. Contudo, as fobias são caprichosas e podem mostrar-se de distintas maneiras. Uma delas, uma estranheza em si mesma, é a hipopotomonstrosesquipedaliofobia, o medo de palavras grandes.

Esta palavra gigante e difícil de pronunciar é composta por uma variedade de palavras de origem grega, as quais são "hipopoto"(grande),"monstro"(monstruoso),"sesquipedali" (pé e meio, que se refere a palavra longa) e "phobos" (medo). Dada a sua extensão, para poder usar a palavra em uma conversa, é possível dizer sesquipedalifobia, para abreviar.

No seguinte artigo você encontrará outras fobias raras e suas explicações.

A hipopotomonstrosesquipedaliofobia entra na categoria de transtornos de ansiedade específicos conhecidos como fobias. Esta estranha e rara fobia consiste num medo irracional e aversão em relação a palavras grandes e complicadas que, de forma irónica, faz com que as pessoas que sofrem da mesma não possam explicar o que têm pelo seu nome extravagante. Uma pessoa com medo de palavras extensas e complexas também costuma ter medo de palavras que pareçam inteligentes ou cultas. O medo irracional recai na crença que de que, se não pode pronunciar este tipo de palavras corretamente, as outras pessoas se riam dela e a vejam como inculta ou inferior. Por esse motivo, os fóbicos não usam palavras pouco frequentes nas suas conversas diárias e, em casos nos quais este tipo de palavras está presente (aulas da faculdade, conferências médicas, técnicas, etc.) costumam evitar a participação e mostrar grandes sintomas de ansiedade.

  Origem da fobia 

  • Eventos traumáticos relacionados com palavras grandes na infância. Por exemplo, bloquear durante uma apresentação ou ao ler em voz alta para os colegas e ficar embaraçado.

  • Timidez social.

  • Autoestima baixa, alimentando a crença na própria incapacidade de pronunciar palavras corretamente.

  • Predisposição genética.

  Sintomas físicos

  • Taquicardia.

  • Suores.

  • Tonturas.

  • Boca seca.

  • Gaguejar.

  • Respiração agitada.

  • Dor estomacal.

  • Nervosismo.

  Sintomas cognitivos

  • Pensamentos sobre o ridículo que vai ser a própria tentativa de pronunciar as palavras.

  • Ideias de como tudo será um desastre.

  • Pensar em como os demais notam quão nervosa a pessoa está e como é incapaz.

  Sintomas comportamentais

  • Usar de forma excessiva ou óbvia rodeios na conversa para evitar certos temas.

  • Não frequentar locais onde podem surgir tais termos.

  • Criar desculpas para não ir a reuniões ou eventos que podem conter palavras técnicas ou complexas.

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SABIAS QUE O RESULTADO DE UM SURTO DE ENERGIA NO REATOR 4 EM CHERNOBYL ORIGINOU O FAMOSO PÉ DE ELEFANTE? 

A 26 de Abril de 1986, durante um teste de rotina, o reator número 4 do centro nuclear de Chernobyl teve uma descarga de poder e levou a um encerramento de emergência.

Em vez de desligar, o reator continuou a gerar energia e, em pouco tempo, todo o centro estava um desastre total. As hastes usadas para controlar a temperatura dos núcleos foram inseridas muito tarde no processo. Em vez de arrefecer, as hastes partiram devido ao aumento de calor proveniente do núcleo, ficando bloqueadas.

Como se não fosse suficientemente mau, a água usada para arrefecer todo o reator vaporizou, resultando numa explosão massiva. A primeira explosão levantou a tampa de 4 milhões de libras do reator através do teto do edifício. A segunda explosão, que ocorreu num curto período de tempo, lançou fragmentos do núcleo, fogo e resíduos radioativos para o ar. Sem as toneladas de ferro tipicamente usadas para protege-lo, o núcleo do reator começou a derreter. O resultado deste processo é uma substância chamada Corium. O corium é uma mistura derretida do tipo da lava que contem porções do núcleo do reator nuclear, combustível nuclear, produtos de fissão e hastes de controlo. Em Chernobyl, o Corium derreteu através da base do vaso do reator, através dos canos e, eventualmente, arrefeceu o suficiente para solidificar.

 

O lugar onde o corium solidificou não foi descoberto até Dezembro de 1986. Para conter a precipitação foi construída uma vedação enorme em volta, conhecida como o sarcófago. Alguns pontos de acesso foram deixados para os investigadores. Durante uma das expedições de pesquisa, os seus equipamentos registaram níveis de radiação tão altos que poderiam matar qualquer um que se aproximasse durante mais de alguns segundos. Com o propósito de perceber o que estava na origem destas leituras, os cientistas ligaram uma câmara a uma engenhoca com rodas e levaram-na para as direções que as leituras indicavam. O que eles viram ficou registado como A Pegada de Elefante.

A pegada de elefante era tão mortal que passar apenas 30 segundos perto iria resultar em vertigens e fadiga. Dois minutos perto e as células iriam entrar em lise. Cerca de 5 minutos depois perto da marca, estás morto.

Mesmo após 30 anos, a pegada ainda está a derreter ao longo do vaso dos reatores. A sua existência torna a cidade inabitável para humanos durante, pelo menos, os próximos 100 anos. Se derreter para uma fonte de água subterrânea, isso poderia levar a outra explosão ou contaminação das águas das cidades próximas. 

Ainda assim, no que diz respeito à presença tóxica da pegada de elefante em Chernobyl, há coisas estranhas a acontecer.

Biólogos da Universidade da Georgia montaram câmaras na zona de evacuação de Belarus para tentar documentar atividade animal na área. O que encontraram foi surpreendente.

Várias espécies de animais não estão simplesmente a viver na área, estão a prosperar nela.

As câmaras registaram lobos cinzentos, raposas vermelhas, cavalos selvagens, alces e veados. E, ainda que a área seja inabitável para humanos, a vida animal parece ter encontrado uma maneira de prosperar. E ainda mais importante do que isso, o florescimento da vida animal mostra o quão destrutiva a presença dos humanos é para a população animal em qualquer área. 

Seja qual for a razão, a área do desastre de Chernobyl tornou-se uma espécie de refúgio da vida selvagem para várias espécies de animais. Pelo menos, de entre uma das maiores catástrofes das ultimas décadas, algo de bom aconteceu.

 

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SABIAS QUE OS BURACOS NEGROS SÃO OBJETOS MACIÇOS?

Os buracos negros estão entre as coisas mais peculiares do universo. São objetos maciços - aglomerados de massa - com uma gravidade tão forte que nada consegue escapar, nem mesmo a luz. Os tipos mais comuns de buracos negros são massas estelares e buracos negros supermassivos. As massas estelares são formadas quando estrelas massivas explodem, deixando para trás um buraco negro com a massa de apenas alguns sóis. Os supermassivos existem nos corações das galáxias e normalmente possuem a massa equivalente a milhões de sóis. 

Buracos Negros Famosos

Cygnus X-1: um buraco negro do tipo massa estelar e uma fonte de raios-x que fica a aproximadamente 6,500 anos luz de distância. É um sistema binário que contém uma estrela variável supergigante azul e a fonte de raios-x é considerada como sendo o buraco negro.

Sagittarius A*: O buraco negro supermassivo no coração da galáxia Milky Way. Encontra-se na direção da constelação Sagitário. Este contém a massa de cerca de 4 milhões de sóis.  

M87: Esta galáxia elíptica contém um buraco negro com 3.5 mil milhões de massa solar no seu coração. O buraco negro é rodeado por um disco de material super aquecido, com um jato que flui e se estende ao longo de 5000 anos luz a partir do núcleo da galáxia. 

Centaurus A:  Esta galáxia, que se encontra na direção da constelação Centauro, é uma galáxia gigante em espiral com um núcleo incrivelmente ativo. Contém um buraco negro com 55 milhões de massa solar no seu coração, com dois jatos de material que se estendem desde a galáxia a cerca de metade da velocidade que a luz atravessa durante um milhão de anos luz no espaço.

Factos sobre buracos negros

A influência gravitacional excessiva de um buraco negro distorce o espaço e o tempo na sua vizinhança. Quanto mais perto do buraco negro, mais devagar o tempo passa. O material que chega demasiado perto de um buraco negro é sugado e nunca consegue escapar.

O material entra em espiral num buraco negro através de um disco de acreção - um disco de gás, poeira, estrelas e planetas que caem na orbita do buraco negro.

O ponto de "sem retorno" à volta do buraco negro é chamado "horizonte de eventos". Esta é a região onde a gravidade do buraco negro se sobrepõe ao momentum do material que gira à sua volta, no disco de acreção. Uma vez que alguma coisa atravessa o horizonte de eventos, é perdido para a força do buraco negro.

A teoria da existência dos buracos negros foi proposta no século XVIII mas permaneceu uma curiosidade matemática até o primeiro candidato a buraco negro ter sido encontrado em 1964. Era chamado Cygnus X-1, uma fonte de raios-X na constelação Cygnus.

Os buracos negros não emitem radiação por eles próprios. Eles são detetados pela radiação que provem do material aquecido no disco de acreção e, também, pelo efeito gravitacional do buraco negro nos objetos da vizinhança (ou na luz).

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SABIAS QUE A FONTE DA ENERGIA DO SOL SÃO REAÇÕES TERMO-NUCLEARES?

O Sol, nossa fonte de luz e de vida, é a estrela mais próxima de nós. Basicamente, é uma enorme esfera de gás incandescente. É no núcleo que acontece a geração de energia através de reações termo-nucleares. Apesar de parecer tão grande e brilhante, cerca de 200x mais brilhante do que a estrela Sirius (mais brilhante do céu), na verdade, o Sol é uma estrela bastante comum e de dimensões bastante reduzidas.

Estrutura do Sol

O modelo representado na figura mostra as principais regiões do Sol. A fotosfera, com cerca de 330 km de espessura e temperatura de 5785 K, é a camada visível do Sol.  A zona radiativa, onde a energia flui por radiação. O núcleo, com temperatura de cerca de 10 milhões de Kelvin, é a região onde a energia é produzida, por reações termo-nucleares. A cromosfera é a camada da atmosfera solar logo acima da fotosfera. Esta, tem uma cor avermelhada e é visível durante os eclipses solares, antes e após atingir a sua totalidade. Ainda acima da cromosfera encontra-se a coroa, também visível durante os eclipses totais. A coroa estende-se por cerca de dois raios solares.

A fotosfera em a aparência da superfície de um líquido em ebulição, formando grânulos. Este fenômeno é chamado de granulação fotosférica. Os grânulos têm em torno de 5000 km de diâmetro e um tempo de vida de aproximadamente 10 minutos. As regiões escuras entre os grânulos são regiões onde o gás mais frio e mais denso escorre para baixo.

 

O fenômeno fotosférico mais notável são as manchas solares, regiões irregulares que aparecem mais escuras do que a fotosfera circundante e que, muitas vezes, podem ser observadas mesmo a olho nu, embora olhar diretamente para o Sol só não é perigoso quando ele está no horizonte.  

Da coroa emana o vento solar, um fluxo contínuo de partículas que acarretam uma perda de massa por parte do sol. O vento solar que atinge a Terra (aproximadamente 7 protões/cm3 que viajam a cerca de 400 km/s) é capturado pelo campo magnético da Terra, formando o cinturão de Van Allen, na magnetosfera terrestre. Este cinturão, descoberto pelo físico americano James Alfred Van Allen (1914-2006) em 1958, só permite que as partículas carregadas entrem na atmosfera da Terra pelos pólos, causando as auroras, fenômenos luminosos de excitação e des-excitação dos átomos de oxigênio.

Além das partículas do vento solar, existem grandes ejeções de massa associadas às proeminências, que quando atingem a Terra causam danos às redes elétricas e aos satélites. O penúltimo máximo do ciclo de 11 anos ocorreu em 1989 e logo após uma grande proeminência solar, a rede elétrica na província de Quebec, no Canadá, sofreu uma grande sobrecarga elétrica que causou vários danos aos equipamentos. Algumas regiões da província ficaram até duas semanas sem luz elétrica. Em 1994, o satélite de comunicações E2 teve alguns circuitos queimados por uma sobrecarga estática, também associada com a ejecção de uma nuvem de plasma solar. O máximo deste ciclo solar ocorreu em 15 de fevereiro de 2001, quando o campo magético solar reverteu de polaridade.

A Energia do Sol 

Assim que foi conhecida a distância do Sol, em 1673, foi possível determinar a potência da radiação que produz.As medidas mostram que, cada metro quadrado na Terra, recebe do Sol uma potência (energia/segundo) de 1400 watts [James Watt (1736-1819)], ou seja, a potência de 14 lâmpadas de 100 watts/m2. O valor mais preciso da constante solar é 1367,5 W/m2, e varia 0,3% durante o ciclo solar de 11 anos. Multiplicando-se essa potência recebida na Terra pela área da esfera compreendida pela órbita da Terra em torno do Sol, determina-se a luminosidade do Sol em 3,9×1026 watts = 3,9×1033 ergs/s. Esta quantidade de energia é equivalente à queima de 2×1020 bidões de gasolina por minuto.

Em 1937 Hans Albrecht Bethe (1906-) propôs a fonte hoje aceita para a energia do Sol: as reações termo-nucleares, na qual quatro protões são fundidos num núcleo de hélio, com libertação de energia.

 

O Sol tem hidrogénio suficiente para alimentar essas reações por milhares de milhões de anos. Gradualmente, à medida que diminui a quantidade de hidrogénio, aumenta a quantidade de hélio no núcleo. O Sol transforma aproximadamente 600 milhões de toneladas de hidrogénio em hélio por segundo. 

Segundo os modelos de evolução estelar, daqui a cerca de 1,1 mil milhões de anos, o brilho do Sol aumentará em cerca de 10%, que causará a elevação da temperatura na Terra, aumentando o vapor de água na atmosfera, levando ao aumento do efeito de estufa. Daqui a 3,5 mil milhões de anos, o brilho do Sol já será cerca de 40% maior do que o atual, e o calor será tão forte que os oceanos secarão completamente, exacerbando o efeito estufa.

 

Embora o Sol se torne uma gigante vermelha, após terminar o hidrogênio no núcleo, ocorrerá perda de massa gradual do Sol, afastando a Terra do Sol até aproximadamente a órbita de Marte, mas exposta a uma temperatura de cerca de 1600 K (1327 C). Com a perda de massa, que levará a transformação do Sol em anã branca, a Terra deverá ficar a aproximadamente 1,85 UA.

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O “drama de Norrmalmstorg”, um assalto a um banco com reféns no centro da capital sueca, deu origem à famosa “síndrome de Estocolmo”. Um assaltante, um presidiário e quatro funcionários conviveram por seis dias dentro do banco, e os reféns criaram uma relação afetiva, de cumplicidade com seus sequestradores que acabou por batizar um termo psicológico que se tornou comum em todo o mundo.

Em 23 de agosto de 1973, há exatamente 40 anos, Jan-Erik “Janne” Olsson entrou, armado com uma metralhadora e com explosivos na filial do Kreditbanken na praça de Norrmalmstorg, no centro da capital sueca. “Para o chão, agora começa a festa”, disse em inglês antes de disparar para o teto, fazer três funcionários reféns e estabelecer condições para a polícia: três milhões de coroas suecas, um carro e caminho livre para sair do país. Olsson exigiu que Clark Olofsson, um dos criminosos mais famosos do país e que tinha conhecido na prisão, fosse levado para o banco. As autoridades aceitaram parte das exigências e levaram-no à agência. Outro funcionário estava escondido e, depois de descoberto, juntou-se aos reféns. Ali, as seis pessoas ficaram por seis dias, os últimos quatro limitados a um espaço reduzido, depois de agentes terem conseguido entrar na agência e fechar a abóbada de segurança para isolá-los. Reféns e sequestradores jogaram às cartas e estabeleceram laços afetivos que logo ficaram aparentes. Nas conversas telefônicas mantidas durante o cativeiro com o primeiro-ministro sueco, Olof Palme, Kristin Enmark, então com 23 anos e porta-voz dos reféns, claramente tomou partido de “Janne” para a polícia. “Confio plenamente nele, viajaria por todo o mundo com eles”, chegou a dizer sobre os seus sequestradores Kristin, disposta a aceitar a proposta de Olsson para que os deixassem sair de carro levando dois reféns, ideia rejeitada pelas autoridades. Três dias depois do começo do sequestro, os policiais conseguiram fazer um buraco no andar de cima do banco e tiveram contato visual com as vítimas. Os sequestradores ameaçaram amarrar os reféns e um policial chegou a ser atigido por tiros na mão e no rosto. “Nunca achei que Janne fosse atirar. Mas claro que tinha medo de morrer. Não sabíamos o que a polícia pensava em fazer”, confessou Birgitta Lundblad em um documentário da rede de TV pública sueca. No sexto dia, a polícia soltou gás lacrimogêneo na abóbada, e em poucos minutos, Olsson e Olofsson se renderam, sem deixar nenhum ferido. Os reféns se negaram a sair antes de seus sequestradores, com medo de que eles fossem castigados, e se despediram com abraços. “Sei que pode soar um pouco estranho, mas não queríamos que a polícia os machucasse, já que tudo tinha acabado”, disse Lundblad, rejeitando a existência de uma síndrome nos reféns e apelando para uma simples questão de sobrevivência.

A “Síndrome de Estocolmo” foi cunhada pelo criminologista Nils Berejot, que colaborou com a polícia durante o sequestro. Ela se desenvolve a partir de tentativas da vítima de se identificar com seu raptor ou de conquistar a simpatia do sequestrador, considerada uma doença psicológica aleatória. A identificação emocional é um sintoma, a princípio um mecanismo de defesa por medo de retaliação, e os atos de “gentileza” dos sequestradores tendem a ser amplificados.

Olsson se mostrou várias vezes cético sobre a síndrome, batizada inicialmente como “de Norrmalmstorg”. Ele diz que teria sido sua personalidade que provocou uma reação positiva dos reféns. “Dei-me bem com todos. Na prisão fui visitado por dois reféns, e quando me casei na prisão, os policias foram testemunhas”, contou em entrevista recente à agência sueca “TT” o ex-sequestrador, hoje com 72 anos e que trabalha numa concessionária de carros.

Olsson diz ter tido vontade de terminar com o sequestro quando recebeu o dinheiro do resgate, mas o seu parceiro Olofsson não teria tido coragem.

O “drama de Norrmalmstorg”, que originou vários livros e um filme, também criou vários mitos, como o de que Olofsson teria levado uma importante soma de dinheiro do banco ou que Olsson teria tido um relacionamento amoroso com uma das reféns. Clark Olofsson foi absolvido em segunda instância pelo crime ao alegar que não era parceiro, mas mais um refém que tentava ajudar os outros. Ao longo da vida, foi várias vezes condenado por outros crimes na Suécia e também na Dinamarca. Já Olson foi condenado a 10 anos de prisão e nunca voltou a ter problemas com a lei. Dois dos reféns continuaram a trabalhar no banco, enquanto outra estudou psicoterapia e a quarta vítima nunca mais apareceu publicamente.

SABIAS QUE FOI UM CRIME QUE DEU ORIGEM À FAMOSA SINDROME DE ESTOCOLMO?

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O NOSSO CORPO EM NÚMEROS.

O cérebro do homem pesa cerca de 1,4 kg e o da mulher 1,25 kg e é composto por 25 mil milhões de neurónios. Estes, ficam fixos na camada superficial, chamada córtex, que tem apenas 1,3 a 1,4 milímetros de espessura. As suas extensões, ou axónios, que transmitem os sinais elétricos, podem ter até um metro de comprimento. A velocidade do impulso nervoso varia conforme a espessura das fibras nervosas e sua função: as sensações de pressão e tato passam por fibras de 8 micrometros, a uma velocidade de 50 metros por segundo. Já sensações como a dor e a temperatura, por sua vez, viajam por fibras de apenas 3 micrometros, a 15 metros por segundo.

O tubo digestivo, da boca ao ânus, mede entre 7 e 10 metros. As células que revestem o estômago e o intestino são constantemente renovadas a cada três dias. Nas gengivas,  renovam-se a cada 2 semanas. Após engolir, o alimento leva apenas 4 a 8 segundos para chegar ao estômago. O fígado produz diariamente 0,5 litro de bílis. Os rins precisam de 50 minutos para, com a ajuda das bebidas e da água dos alimentos, filtrar todo o sangue. Isso resulta, num único dia, em 180 litros de sangue limpo e 1,5 litro de urina libertada.

A cada respiração é inalado meio litro de ar. Calculando-se um ritmo médio de 12 inspirações por minuto (quando a pessoa está calma), entram para os pulmões 17 000 litros de ar por dia. Os cílios, minúsculos fios de mucosa que revestem as células da traqueia e dos pulmões, empurram a sujeira do ar a ser expelida, numa velocidade de 12,7 milímetros por minuto.

Existem mais de 220 mil milhões de células no nosso organismo. Algumas vivem pouco mais do que um dia mas, no fígado, resistem até 5 meses. No sangue, os glóbulos brancos duram 15 dias e os vermelhos, 120. Os macrófagos são células sanguíneas de grandes dimensões e conseguem digerir um agente infecioso (como uma bactéria) em apenas um centésimo de segundo.  

Somos compostos por 97 000 km de veias, artérias e vasos capilares. Se fossem alinhadas dariam 2,5 voltas em torno da Terra. As artérias menores são capazes de contrair e relaxar num período entre 2 e 8 segundos. As plaquetas sanguíneas — responsáveis pela coagulação sanguínea — vivem apenas dez dias.

Uma criança nasce com 350 ossos. Mas, quando ficar adulta, vai contar com apenas 206. Isto advém do facto de que os ossos dos membros de um recém-nascido não são inteiros: eles unem-se durante o crescimento. No total, o esqueleto humano pesa 9 quilos. A região do corpo que mais tem ossos é a cabeça, que conta com 29 ossos.

O homem produz 8 trilhões de espermatozóides durante a vida. Em cada ejaculação, são libertados entre 250 milhões e 500 milhões. A mulher nasce com 400 000 óvulos nos dois ovários. Desses, só uns 500 vão maturar. Os que não forem fertilizados serão eliminados pela menstruação.

O coração é um músculo que pesa 250 gramas, em média. No ritmo normal, que é de 70 a 75 batidas por minuto, ele chega a dar mais de 110 000 batimentos por dia. Mas, em caso de pânico ou susto, pode subir para 150 pulsações por minuto. No corpo em repouso, os 5 litros de sangue são bombeados por todo o organismo em apenas um minuto.

A pele, no total, mede cerca de 2 metros quadrados e pesa perto de 3 quilos. As impressões digitais formam-se ainda no útero, seis a oito semanas antes do nascimento da criança. Ao longo da pele estão distribuídas 2 milhões de glândulas sudoríparas, responsáveis pela irrigação e desintoxicação da pele, por meio do suor. A maior concentração de glândulas está na palma das mãos: 370 por centímetro quadrado. Nos dias frios, o fluxo sanguíneo na pele é de apenas 0,5 litro por minuto. Quando está quente, o fluxo sobe para 3 litros por minuto, para refrescar.

O corpo humano possui cerca de 5 milhões de pêlos, sendo 150 000 deles na forma de cabelos. Os pelos são renovados a cada quatro anos, em média. Os cabelos de fios finos crescem cerca de 2,5 centímetros a cada dois ou três meses. Os grossos podem levar o dobro do tempo. Cada olho possui mais de 200 cílios, que duram de três a cinco meses. Depois disso, caem.

As unhas crescem continuamente, em ritmos diferentes. As das mãos aumentam de tamanho cerca de duas vezes mais rápido do que as dos pés: 4 centímetros por ano. O crescimento é mais rápido em adultos, entre os 20 e 40 anos de idade. Nas crianças, uma unha arrancada regenera-se em onze semanas. 

Basta 1 mililitro de lágrima por dia para manter lubrificado o globo ocular. Para fixar uma boa imagem na retina, é necessária uma exposição de um décimo de segundo. Por isso o homem não consegue identificar cada quadro que compõe um filme: eles passam à velocidade de 24 por segundo, ou seja, quase dois quadros e meio a cada décimo de segundo. Assim, as imagens vão se fundindo, dando a impressão de movimento.

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SABIAS QUE A ÚNICA PESSOA RECONHECIDA COMO SOBREVIVENTE ÀS BOMBA ATÓMICAS MORREU AOS 93 ANOS?

A única pessoa oficialmente reconhecida como sobrevivente das duas bombas atômicas que foram largadas pelos Estados Unidos sobre o Japão ao final da Segunda Guerra Mundial, em Hiroshima e Nagasaki, morreu aos 93 anos devido a um cancro no estômago.

Tsutomu Yamaguchi estava em uma viagem de negócios em Hiroshima no dia 6 de agosto de 1945 quando a cidade foi bombardeada.

Cerca de 140 mil pessoas foram mortas, muitas instantaneamente, enquanto outras milhares ficaram gravemente feridas.

Yamaguchi sofreu queimaduras graves mas conseguiu, no dia seguinte, retornar à sua casa, na cidade de Nagasaki.

Ele estava lá no dia 9 de agosto quando a cidade também foi bombardeada pelos Estados Unidos. Cerca de 70 mil morreram, mas Yamaguchi sobreviveu novamente.

Acredita-se que um pequeno número de japoneses tenha sobrevivido a ambos os bombardeios, mas Yamaguchi era o único sobrevivente das duas bombas oficialmente reconhecido pelo governo japonês. Por muito tempo as autoridades recusaram-se a reconhecê-lo como sobrevivente duplo, alegando que isso não afetaria os pagamentos de compensação que ele recebia, mas acabaram por ceder no ano passado. Yamaguchi tornou-se conhecido no Japão pelas suas frequentes palestras sobre os horrores da guerra e como ativista pelo desarmamento nuclear. O prefeito de Nagasaki, Tomihisa Taue, lamentou a morte de Yamaguchi e afirmou que “um excelente contador de histórias” desapareceu.

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